A lógica pedobatista e a mesa do Senhor


Samuel Waldron em seu livro: Exposição da Confissão de Fé Batista de 1689, dá vários argumentos contra pedobatismo (batismo infantil) gostaria de compartilhar, gradualmente, cada um desses argumentos. Esta é a primeira: 

"O pedobatista não é consistente ao aplicar a sua lógica à Mesa do Senhor

Historicamente e quase por unanimidade, os pedobatistas reformados não têm acreditado ou praticado o dar a Ceia do Senhor às crianças batizadas. Eles argumentaram que as crianças estão no pacto e que, portanto, devem se lhes administrar o batismo, o sinal do pacto. No entanto, embora a Ceia do Senhor seja claramente um sinal da aliança (1 Cor 11:25), eles não dão a Ceia do Senhor aos seus filhos batizados. Exigem uma confissão pessoal de fé antes de participarem da Ceia do Senhor. Em outras palavras, exigem exatamente o que os batistas exigem para participação no batismo.


No entanto, caso você não veja o problema implícito nesta ideia, deixe-me explicá-lo logicamente em três declarações. 

  1. Ceia e Páscoa do Senhor são, no mínimo, mais paralelas que o batismo e a circuncisão. A Ceia do Senhor foi instituída no contexto de uma refeição de Páscoa. As próprias ordenanças são muito mais semelhante que o batismo e a circuncisão. 
  2. Para todos os que foram circuncidados, fora ordenado comer a Páscoa do Senhor (Ex 12: 3,4,6,21-28,42-49). 
  3. A conclusão deveria ser que todos os batizados comeram da Ceia do Senhor. Mas os pedobatistas não são consistentes, porque eles acreditam que uma confissão de fé pessoal e inteligente é necessário para a participação na Mesa do Senhor. A exigência de autoexame de 1 Coríntios 11:28 é frequentemente citada. Mas se o Novo Testamento é normativa para a Ceia do Senhor, por que não é para o batismo? E se o argumento da circuncisão ofusca a exigência da fé, por que não ofusca o argumento da Páscoa exigência neo testamentária do autoexame?

Parece claro que existe uma inconsistência aqui. Porém os pedobatistas tem várias respostas para isso. Eles argumentam, a partir de Êxodo 12:26,27, que as crianças não foram admitidas à Páscoa sem uma compreensão inteligente. O problema com isto é que os pedobatistas exigem muito mais que isto de seus filhos enquanto exigem uma confissão de fé pessoal antes de que seus filhos participem da Ceia do Senhor. Além disso, tal entendimento não era uma condição para participar da ceia pascal.

Também argumentam a partir da incapacidade física das crianças para comer alimentos sólidos. Mas que relevância tem isso? É claro que todo israelita circuncidado com idade suficiente para comer alimentos sólidos realmente participava da refeição pascal. Não era necessário uma confissão de fé pessoal antes de que seus filhos participarem da Ceia do Senhor. É claro que a única posição consistente com a lógica pedobatista é permitir que todas as crianças batizadas participem da comunhão assim que eles possam comer alimentos sólidos.

Se não é lógica a razão porque os pedobatistas tem praticado a comunhão dos crentes, qual é a verdadeira razão? É que os seus grandes teólogos e pastores cristãos sabem em seus corações que esta prática efetivamente destruiria a Igreja visível. A verdadeira conversão não teria mais uma expressão externa, visível e simbólico. Ser membro da igreja se tornaria em algo puramente externa e não espiritual. Esta é a maior e conclusiva razão porque os pedobatistas não se atrevem a tomar a alternativa da comunhão infantil."

Fonte: sedientosdesupalabra.

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