Vale tudo! Só não vale...




Ouve-se muito por essas bandas, quase sempre no discurso do pessoal de esquerda, falar em liberdade de expressão; aquilo que no meu entender é o direito que em tese tem todo o brasileiro de expor publicamente suas ideias desde que não se coloque no anonimato ou fira alguma norma que assegure o que é devido ou indevido a todo o cidadão.

A ideia de liberdade de expressão em nossa nação, contudo, não é regida apenas por leis positivas, como a que encontramos no texto constitucional, nem mesmo pelo princípio do direito natural, mas, sobretudo, por uma atmosfera policialesca e politicamente correta lançada no âmbito social por uma minoria barulhenta, intransigente e intolerante que, ironicamente, em defesa da tolerância e liberdade de expressão, censura, agride e busca calar a toda aquela que discorde de quaisquer posturas que defendam.

Essa atitude virulenta, vigilante, agressiva e restritiva do direito a expressão do livre pensamento tão comum na esquerda pode ser percebida através de inúmeros episódios que marcaram a história recente de nossa nação, sendo um dos principais, sem dúvida alguma, o gerado pelo PL 122/2006, onde aqueles que discordaram da ideia de que os homossexuais deveriam ser cidadãos possuidores de direitos especiais, em virtude da opção sexual que escolheram, foram taxados de homofóbicos, fundamentalistas, retrógrados, intolerantes e coisas do gênero, com o claro objetivo de fazê-los calar.

Nesse episódio, uma das principais vítimas desses defensores de direitos especiais para os gays foram os psicólogos que defenderam que a homossexualidade deve ser compreendida como um comportamento opcional passível de tratamento. Por isso, eles foram objetos de perseguição e julgamentos, não pelo teor de seus argumentos científicos, mas simplesmente por discordarem da agenda politicamente correta que já se instalou, lamentavelmente, também no terreno científico e que tem feito desse um campo bem mais a esquerda e monovocal do do que deveria.

Quando a presidente Dilma vivia o processo de perda do cargo que nunca deveria ter ocupado, por sua óbvia incapacidade de articular até mesmo um simples discurso logicamente ajustado, a sociedade brasileira teve oportunidade de assistir mais um dos episódios protagonizados pelos defensores das liberdades controladas. Eles fizerem de seus opositores, aqueles que pensavam que a president(A) deveria realmente perder o cargo, alvo de duras críticas e pesadas ofensas; um grande empreendimento para baixar o volume da fala dos seus adversários.

A possibilidade de o deputado Jair Bolsonaro sair presidente da república em 2018 tem nos mostrado também outro interessante capítulo de agressão encenado pelos defensores do direito a liberdade de expressão a liberdade de expressão, pois descontentes com eleitores que decidem pensar por conta própria, esses arautos das liberdades controladas os fazem objetos de suas agressões. Porém os Bolsominions, como são chamados os eleitores do Bolsonaro, não são apenas coxinhas ou golpistas como o pessoal pseudodireita do Movimento Brasil Livre, mas também sexistas, fascistas, armamentistas, misóginos, racistas, homofóbicos, ignorantes e analfabetos políticos que, em parceria com o Jair Bolsonaro, são uma ameaça para o progresso e liberdade do Brasil e por isso precisam ser freados.

Olhar para esses poucos episódios da história recente do Brasil protagonizado pelo pessoal da esquerda, e outros como o que tem se desenrolado em volta dos debates  sobre a ideologia de gênero e da Escola Sem Partido, me fizeram pensar e reescrever a  canção “Vale Tudo” do Tim Maia para Baile Brasil que a esquerda deseja implantar.   

Vale, vale tudo
Vale, vale tudo
Vale o que vier
Vale o que quiser

Só não vale
Pensar diferente do a esquerda quer
O resto vale

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2 Comentários

  1. Ideologia de gênero e escola sem partido não tem raízes na esquerda. E se a direita deseja oferecer resistência, precisa ler mais a respeito. Os coitados dos petralhas e mortadelas não deveriam levar a culpa pelas ideologias escritas por gente da direita "Miguel Nagib" muito menos por instituições de direita "Feministas na ONU". Mas como tudo de bom é direita e tudo de ruim é esquerda, resta-nos pensar como desavesar o país dos contrastes.

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  2. Tubo bem meu amigo Jailson Mateus. Embora não tenha entrado em detalhes em alguns assuntos que você aponta em sua postagem, a história não nos deixa dúvida de que os exemplos que temos em funcionamento mais a esquerda não são bem harmonizados com a liberdade de expressão.

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