O
nosso país tem enfrentado ao longo dos últimos anos um dos piores momentos de
sua história. O Mensalão e a Lava Jato, apenas dois exemplos das mazelas que se
escondiam na alma de nossa sociedade, demonstram de maneira inequívoca aquilo
que os poetas, numa espécie de lampejo profético, já haviam denunciado: a “sujeira
pra todo lado”; os “inimigos estão no poder”, o grito de um povo silencioso que
clama: “ideologia, eu quero uma pra viver” e a sensação de que “Tá tudo errado,
tá tudo errado”.
A
denúncia de nossos poetas, contudo, não conseguiu identificar a raiz de nosso
problema nacional. Noutras palavras, não percebeu que no mundo de Deus existe
uma estreita relação entre a decadência social e a corrupção espiritual, como
apontou o profeta Oséias para os habitantes do reino do Norte (Os 4.1-10) e o
apóstolo Paulo para os crentes de Roma (Rm 1.1-32), e que o caminho para a
felicidade humana nunca será construído de maneira divorciada do Criador, mas
só é possível a “nação cujo Deus é o Senhor” (SL 33.12).
Diante
desse quadro, precisamos reconhecer que a solução, diferente da sugerida pelo
poeta, não é alugar o Brasil e assistir o desmonte do patrimônio que nos resta.
Antes, é preciso assumir o compromisso de restaurar o caminho da obediência que
vem sendo quebrado desde o Éden até a Lava Jato. E nesse processo, a igreja, o povo de Deus,
não pode deixar de ocupar sua posição de protagonismo como Sal da Terra e Luz do
mundo (Mt 5.13-16).
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