Nos últimos dias, o Brasil, essa terra quente e de clima tropical, tem deixado de ser apenas a pátria das chuteiras, o paraíso dos políticos corruptos e lindas mulatas de corpos queimados para se tornar também um grande celeiro de muitos novos artistas ou, fazendo usa de um termo mais apropriado, uma verdadeira sala de exposições.
Nessa nova fase de efervescência das artes no Brasil, a nossa arte não está mais restrita somente ao estado de São Paulo, como ocorreu entre 11 a 18 de fevereiro de 1922 com a "Semana de Arte Moderna", mas encontra-se espalhada por todo o território nacional. De Norte a Sul, de Leste a Oeste. Diante dos grande públicos ou mesmo aos olhos atentos de uma pequena plateia de rua. Ou seja, em todo o lugar é possível ver os novos artistas e suas obras.
Em Porto Alegre, Centro Cultural do Banco Santander, tivemos oportunidade de observar um pouco desse novo gênero artístico que surge no Brasil. No Museu de Arte Moderna de São Paulo, vimos mais um pouco. No Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, vimos um pouco mais e assim, temos visto, a passos largos, florescer esse novo modo de expressão artística sob a chancela de intelectuais e outros "importantes" formadores de opinião das massas.
Mas qual a mensagem que essa nova arte e artistas tem tentado passar? O que nos tem comunicado as suas mais variadas expressões artísticas, como a pintura, a dança, a escultura, o teatro e literatura? Certamente, uma boa resposta a esses questionamentos seria a seguinte: na arte dos novos artistas vemos um pouco do que se encontra em suas almas, o que pulsa em seus corações e, finalmente, encontra materialidade no papel, no pincel, no gesto ou no bloco.
Nesse caso, decodificando a mensagem artística da atualidade e transformando-a em linguagem simples, distante do discurso intelectualizado e imbecilizante de mestres que mais confundem do que esclarecem, é impossível não perceber que a alma do mais novo artista brasileiro encontram-se fortemente apegada a determinadas temáticas. Ou seja, que ele sente prazer de falar de anus, vagina, pênis, orgia, esperma, sexo, veado, gênero, zoofilia, nu, pedofilia e isso, associado a um profundo desrespeito a família a e religião cristã.
Esse tipo de arte monofocal dos neoartitas nacionais, todavia, não traz apenas essa informação sobre a alma dessa gente. Mas o que diz mais? O que revela além do óbvio a arte do nosso artista comunista? Nas entrelinhas das linhas e pinceladas, nos golpes do que da forma a sua escultura ou nos gestos de danças ou coreografias, se percebe também uma alma inquieta; alguém agressivo, um ser que não esta em paz consigo com o mundo a sua volta, que precisa de aceitação e que está a buscar isso de um modo quase desesperador. Noutras palavras, é um ser humano perdido tentando se encontrar seguindo por uma estrada, que como dizia o Raul, é tão fácil seguir por não ter pra onde ir.
1 Comentários
Muito bom o seu texto, pastor Hebert. Parabéns pela clareza das ideias. Deus te abençoe e te preserve no Evangelho.
ResponderExcluirGrande abraço do Maurício Amazonas.