Não sei nada ou quase nada sobre economia. E nesse área, se me fosse perguntado, como perguntaram ao deputado Jair Bolsonaro num desses programas de entrevistas que tenta desacreditá-lo diante da opinião pública, como trataria as variáveis do tripé macroeconômico - inflação, câmbio flutuante e meta fiscal - ficaria também em maus lençóis diante da apresentadora má intencionada e de todo o seu público.
Apesar dessas minhas dificuldades em macroeconomia e meu conhecimento econômico se limitar a economia doméstica, como é o caso de grande parcela da sociedade brasileira que vive a fazer contas de somar e subtrair para pagar as despesas de fim de mês, uma mensagem que me vem sendo transmitida, de maneira subliminar e diretamente, pelo presidente, pelo ministro da economia, pelos aliados do governo e pela Mirian Leitão é que a economia é importante e anda meio mau das pernas e, mesmo sem saber como funciona, precisa me esforçar, juntamente como milhares de brasileiros, para salvá-la.
Rezando nessa cartilha, o governo e seus aliados congelaram os investimentos públicos por mais de uma década, alteraram as leis trabalhistas, incentivam demissões voluntárias entre funcionários públicos, transferiram parte do patrimônio público e das reservas minerais para a iniciativa privada, se esforçam para prolongar a aposentadoria do cidadão mais pobre e sofrido e já falam que a universidade pública e gratuita é algo inviável economicamente.
Essas iniciativas tão necessárias e importantes para o bem da economia se justificam porque a economia precisa ser salva. E porque salvando a economia o país e minha vida serão mais felizes e abençoadas. Assim, todo o esforço e sacrifício de vidas devem se voltar para salvar as empresas, o mercado, os serviços, os bancos, os juros, os investimentos internos e internacionais e, sobretudo, as contas de um estado que adora os frutos gerados por essa grande máquina sugadora de vidas que se tornou a economia.
Tudo isso, me fez pensar que não vale apena entregar a minha vida em sacrifício no alta da economia e na antiga história contado por Jesus de que existe um deus - Mamom - uma espécie de personificação do diabo - que tem a seus pés aqueles que se tornaram servos das riquezas desse mundo. Por isso, entendo que não precisamos salvar um modelo econômico que nos escraviza de maneira diabólica ao capital, mas lutar para construir uma casa - oikos - em nosso país onde o capital seja servo de leis - nomos - justas para todos.
1 Comentários
É verdade.
ResponderExcluirO dinheiro (Mamom) é o maligno em que o mundo jaz.