A vida dentro da arca.



Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra” (Gn 7.6).

Sucedeu que, no primeiro dia do primeiro mês, do ano seiscentos e um, as águas se secaram de sobre a terra. Então, Noé removeu a cobertura da arca e olhou, e eis que o solo estava enxuto. E, aos vinte e sete dias do segundo mês, a terra estava seca. Então, disse Deus a Noé: Sai da arca, e, contigo, tua mulher, e teus filhos, e as mulheres de teus filhos” (Gn 8.13-16).



O texto acima nos brinda com uma brilhante informação: Noé, juntamente com sua família, passou um ano dentro da arca. Você já havia parado para pensar nisso? Já parou para refletir como foram esses dias? Creio que inicialmente tudo foi mil maravilhas. Era só felicidade. Deviam passar horas lembrando de como Deus os havia livrado. De como fora fiel em suas Palavras. De como estavam seguros. E de como o mundo havia perecido.

Contudo, quando o tempo foi passado, creio que as coisas começaram a ficar, como costumamos dizer quando as coisas apertam, um pouco mais estreitas. Assim, posso imaginar alguém, já inquieto, perguntado: essa água vai baixar quando? Ou, quanto tempo vamos ficar aqui ainda? Ou, ainda, alguém se queixado da quantidade de trabalho que tinha de fazer na arca (cuidar de animais, fazer alimentação, faxina, lavar, etc.). Isso, com certeza, infelizmente, deve ter causado alguns problemas de convivência dentro da arca.

É interessante observar como essa história se parece com aquela que temos vivido em nossas igrejas. No começo, estamos motivados, alegres, dispostos, topando todas as paradas. Todavia, quando a caminhada vai se desenvolvendo, parece que nem nos lembramos mais de como éramos no início. E qual, de fato, era a proposta de nossa caminhada. De modo contrário, os nossos olhos parecem que só enxergam os problemas.

Dessa feita, é importante mencionar que, embora na arca houvesse muitos problemas, a vida fora dela era bem pior, posto que, aqueles que não entraram na arca pereceram. Para Noé e sua família havia esperança de uma vida nova, de recomeçar tudo de novo, de reescrever uma nova história. Da mesma forma, meu querido irmão, em Cristo Jesus, enxertados verdadeiramente em seu corpo, que é a nossa arca, temos assegurada a nossa esperança. Podemos ter problemas, mas teremos, com certeza, dias melhores quando essa “água” baixar.

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