Durou o dilúvio quarenta dias
sobre a terra; cresceram as águas e levantaram a arca de sobre a terra.
Predominaram as águas e cresceram sobremodo na terra; a arca, porém, vogava
sobre as águas. Prevaleceram as águas excessivamente sobre a terra e cobriram
todos os altos montes que havia debaixo do céu. Quinze côvados acima deles
prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. Pereceu toda carne que se
movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais
selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo
homem. Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em
terra seca, morreu. Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a
face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos
da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca. (Gn 7.17-23).
No trecho acima, temos, com toda
a certeza, uma das narrativas bíblicas que quase todo o mundo conhece. O que
muitas, talvez, não tenham parado para pensar é na importante questão que essa
passagem suscita: por que aquelas pessoas pereceram, se havia a oportunidade de
salvação na arca?
A verdade, como se pode
observar no próprio relato bíblico, é que aquela geração estava profundamente corrompida.
Vivia num estado tão intenso de decadência moral que a levava a continuamente
maquinar o mau em seu coração.
Esse, todavia, não era o único problema
daquele povo. A Bíblia também nos conta que ele, de maneira obstinada,
desprezara e zombara das advertências que Deus os deu pacientemente através de homens
como Noé (2Pe 2.5) e Enoque (Jd 1.14).
Aquela era, portanto, uma geração
de pessoas incrédulas e incorrigíveis, e justamente por essa razão pagou um
alto preço ao sucumbir em meio às águas do dilúvio, haja vista que de Deus não
se zomba (Gl 6:7).
É interessante perceber que não
temos nesse texto apenas uma história perdida no passado, mas um relato em
grande sintonia como a nossa realidade, como bem observou Jesus ao falar de sua
segunda vinda: “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do
Filho do Homem”(Mt 24.37).
E como foram os dias de Noé? Como
testemunham as Escrituras, os dias de Noé foram dias de expansão populacional
(Gn 6.1), de multiplicação da maldade (Gn 6.5), de decadência, de violência (Gn
6.11), de egoísmo, de poucos pregadores comprometidos com a verdade, de
incredulidade e de desprezo ao Deus Todo-Poderoso. Além disso, aqueles também
foram dias de juízo contra toda incredulidade e impiedade. Dias, de acordo com
a matemática bíblica, que poucos foram salvos.
Pensar nessa realidade nos leva
perceber que a incredulidade tem um alto custo: a vida em sua plenitude! Aquele
que, todavia, confia em Deus, como fez Noé, não entra em condenação (Jo 5.24).
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Pr Hebert Borges
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