Retirando os empecilhos para o fluir do Espírito



No estudo passado tivemos oportunidade de aprender que o Espírito Santo é promessa de Deus para nossas vidas. No entanto, como podemos ver, existem muitos cristãos que ainda não desfrutam dessa bênção maravilhosa em plenitude. E por quê? As explicações para isso, com toda a certeza, são diversas. Sendo assim, analisemos, ainda sob o pano de fundo da igreja primitiva, algumas das cousas que impedem o derramar do Espírito Santo sobre nós de maneira abundante.

O pecado deve ser tratado para que o Espírito Santo possa ser derramado abundantemente.

Anualmente no Brasil pode-se verificar a realização de um grande número de eventos sobre avivamento.  Seus organizadores os chamam de “Fogo para o Brasil”, “Avivamento Total”, entre outros, contudo, o avivamento de fato, isto é, um derramar torrencial do Espírito de Deus sobre a nação brasileira ainda não chegou. E a explicação para isso é simples! Qual? O Espírito Santo não se manifesta de forma abundante através de canais sujos, de vasos quebrados, de vidas que não lhe agradam.

Isso pode ser facilmente verificável nas Escrituras Sagradas. Observe que o apóstolo Pedro, o qual faz referência a promessa do Espírito ao citar o texto de Joel 2: 28-29 em Atos 2: 17-18, quando acaba de proferir o seu primeiro sermão é interrogado por muitos de seus ouvintes, que se encontravam impactados pela mensagem, quanto a postura que deveriam tomar. Pedro responde: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2:38). Observe que Pedro não usa meias palavras. Toca direto na ferida. Fala que seus ouvintes precisam se arrepender. Arrependimento é mudança de mente que precede o derramar de torrentes do Espírito Santo sobre nossa vida. Sem ele o Espírito não vem, pois “as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59:2).

Precisamos, dessa forma, nos voltar para Deus; precisamos nos arrepender de nossos pecados para assim desfrutarmos de uma vida cheia do Espírito. Fora isso também o que o profeta Joel declarara antes de anunciar o avivamento. Ele conclamou a sua nação a conversão, mudança de direção. Não conversão de aparência, mas conversão profunda, sincera (que rasgam o coração). Conversão que busca a presença de Deus com diligência (jejum, oração, perseverança) e quebrantamento (esvaziamento, choro, pranto) (Jl 2: 12-17). É isso que precisamos fazer! Pois foi isso que os discípulos fizeram. A reunião no cenáculo foi muito mais que um encontro. Foi um momento de buscar o perdão dos céus. Ali eles se reconheceram como fracos, impotentes, fujões, negadores do evangelho. Foi um momento de humilhação. De tocar nas feridas. Contudo, se confessarmos os nossos pecados Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e derramar de suas bênçãos sobre nós.

A incredulidade deve ser removida para que o Espírito Santo possa fluir abundantemente

A Bíblia registra que Jesus certa oportunidade ministrava em Nazaré, entretanto não pode fazer naquela ocasião muitos milagres, isto é, atuar de modo abundante naquelas vidas devido a incredulidade daquele povo (Mt 13:58). De igual modo, Jesus também não atua hoje de modo abundante em nosso meio devido a nossa incredulidade. Ela é um empecilho para o homem desfrutar das bênçãos de Deus. Desse modo, assim como Jesus advertiu aos discípulos, hoje Ele nos adverte quanto a pequenez de nossa fé (Mt 8:26; 16:8; 17:20) e a dureza de nosso coração (Mc 16:14).

Saiba que há na Bíblia aproximadamente 8000 promessas. Entre elas a promessa de plenitude do Espírito Santo, contudo sem fé não desfrutaremos dela, pois “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6).  Os discípulos perceberam isso. O cenáculo (At 2:1), isto é, a casa onde se reuniram representa uma nova postura após o encontro com o Jesus ressurreto. Nela eles trataram sua incredulidade, pois, em vez de fugir (Mt 26:31), como antes, mantiveram-se firmes a promessa de Jesus.   

O caminho que temos a trilha é, assim, a via do clamor a Deus com grande humilhação pedindo perdão pelos nossos pecados e que a nossa incredulidade seja removida pelo poder de sua Palavra para que, em fim, vivamos tempos de refrigério do Espírito.    

Postar um comentário

0 Comentários